sexta-feira, 1 de julho de 2011

Ensino religioso pode levar à discriminação, diz representante do governo

A coordenadora de diversidade religiosa da Secretaria de Direitos Humanos, Marga Janete Ströher, acredita que tornar o ensino religioso obrigatório nas escolas pode levar à desigualdade e à discriminação. A religião, segundo ela, deve ter seus espaços de expressão próprios.
"A fé religiosa pertence ao espaço privado, é escolha pessoal", disse, em audiência pública da Comissão de Educação e Cultura. O debate é sobre o Projeto de Lei 309/11, do deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), que torna o ensino religioso disciplina obrigatória nos currículos do ensino fundamental.
A coordenadora acrescentou que o conhecimento religioso poderia se tornar disciplina da grade curricular, mas facultativa. Ela lembrou que a Constituição garante o Estado laico. "A escola não deve ser o espaço para o ensino religioso confessional. Devemos estimular o respeito à diversidade, que começa ao considerarmos a diferença religiosa."
Elcio Cechetti, coordenador do Fórum Permanente de Ensino Religioso, também defendeu que a diversidade cultural e religiosa brasileira seja preservada. "A busca pelos direitos humanos passa pelo respeito às religiões e pelo respeito àqueles que optam por não seguir nenhuma crença", disse.
A audiência ocorre no Plenário 10.



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