segunda-feira, 9 de julho de 2012

Guerra de opiniões: pastores divergem quanto a validade do MMA


A modalidade esportiva Mixed Martial Arts (MMA) alcançou seu recorde histórico de audiência neste sábado (7) na transmissão do UFC 148. Na transmissão atrasada cerca de 30 minutos daTV Globo, o ibope marcou 19,4 pontos de média, liderança absoluta na madrugada. Em segundo lugar ficou o SBT com 2,5, e a Record ficou em terceiro com 2,2 pontos.
Mas muito evangélicos não fizeram parte da composição da audiência do evento que foi chamado de a luta do século, com a vitória triunfante de Anderson Silva sobre o arquirrival Chael Sonnen por nocaute técnico.
Alguns líderes religiosos se posicionaram terminantemente contra a ideia de acompanhar a modalidade esportiva. O pastor da Assembleia de Deus em Cordovil, Ciro Sanches Zibordi, alertou para a relação entre as artes marciais mistas e sua fundamentação no budismo pagão e espírita. Segundo ele, muitas das “artes marciais” também seriam relacionadas a práticas ocultistas orientais.
Para o líder religioso, o problema da modalidade esportiva não é só a violência, que depõe contra a prática. “O problema maior é que o cristão que se envolve com o MMA está, de alguma forma, ainda que não admita, se envolvendo com o ocultismo”, observa, e continua: “que o Senhor Jesus nos ajude, a fim de não nos conformarmos com este mundo”.
Tirinha postada por Ciro Zibordi em seu Facebook ironizando o MMA.
Já o pastor da Igreja Cristã da Aliança em Niterói Renato Vargens, citou que alguns pastores chegaram ao ponto de proibir que os fieis de uma determinada igreja assistissem às lutas.
“Diferentemente dos que se consideram donos do rebanho, acredito que proibir não é o melhor caminho no processo de edificação na vida espiritual do povo de Deus”, disse em uma postagem em seu blog.
Ele continuou argumentando que “assistir ou não UFC encontra-se na esfera da pessoalidade e não doutrinária, o que permite que o indivíduo decida segundo a sua consciência se deve ou não assistir as lutas em questão”.
Dizendo que o MMA não é seu esporte favorito, perdendo para o futebol, Vargens ressalta no entanto que isto não lhe dá o direito de ‘satanizar’ os combates ou mesmo de proibir os membros de sua igreja de assisti-los.
E alfinetou: “não quer ver, não veja, contudo não condene quem vê, nem tampouco espiritualize o que não deve ser espiritualizado”.

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